sábado, 13 de junho de 2009

Simony de Beauvoir

Para quem ainda não sabe (que feio!) Simone de Beauvoir, foi uma importante escritora e filósofa francesa, nascida em Paris, em 1908, vivendo lá até 1986, ano de sua morte. Mulher de vanguarda, Simone, desafiou preconceitos de seu tempo, sendo uma das primeiras a defender o feminismo e a se aventurar pelo existencialismo. Além de suas inúmeras obras, dentre romances, monografias, biografias, ensaios e tantos outros gêneros, teve uma intensa vida cultural e política, uma das causas e conseqüências de sua discussão profunda a respeito de mudanças radicais nas estruturas da sociedade de então.

Além desse breve e humilde histórico, (desculpe pelos erros, os mais entendidos, fiquem a vontade para me corrigir, inspirando-me), uma questão relevante e que norteou sua vida, (se você ainda não se lembrou dela, pois curte mais uma fofoca - que feio 2 - talvez agora vá lembrar) foi seu romance com o filósofo, escritor e crítico, Jean Paul Sartre (Paris, 1905-1980), (também despensa grandes comentários, caso você também não o conheça, vá agora fazer a pesquisa você! han), mas enfim... Voltando...

Difícil falar de um, sem falar do outro, já que suas vidas eram basicamente, complementares, em um misto de filosofia e trabalho, amor e praticidade.

"Entre nós, trata-se de um amor necessário: convém que conheçamos também amores contingentes." (Simone)

Chegando aonde quero, esta frase pode aqui resumir a ética de seu relacionamento. Isso mesmo que você esta en-ten-den-do! RELACIONAMENTO ABERTO! ahaha não é o máximo?! Naquela época?????

Resposta MINHA: Não!

Uma proposta, embora pioneira naquela época, ironia do tempo ou não, não foi por causa dele, o tempo que, digamos assim, esse contrato com Sartre não foi para Simone, um mar de rosas, como ainda hoje não o é, para muitos que se aventuram nesta empreitada.

Imagine você caso ainda não tenha passado por isso: " nos gostamos, mas não queremos compromisso, (ou não o suficiente para), no meu caso - ou uma das partes não quer compromisso - então, entremos em algo "aberto". Fique com quem quiser, fico com quem quiser, quando quiser, durante o tempo que quiser, fazendo o que queremos, sem cobranças." Não é Ma-ra-vi-lho-so???? - hiuahiahaihaihauhaiuahiuhahia- Heim? Eu sou Alice, muito prazer! No País das Maravilhas, é meu sobrenome.

Na boa, alguém consegue isso? Fala pra tia a verdade!? Gente, sendo sinceros, nem os mais pós-modernos estão tão auto-suficientes em seus sentimentos a ponto de conseguir abrir mão de tanta coisa sem problemas... Um detalhe, falo de relacionamento aberto quando existe sentimento e forte envolvido, a discussão aqui é séria, não sejamos hipócritas ou não menosprezemos o fator - sentimento verdadeiro e intenso envolvido.

Sim, sempre achei bacana essa idéia, aliás, adoro Martha Medeiros, Fernanda Young, Márcia Tiburi... Mas galera, na boa, é muito difícil quando você esta realmente envolvido. Se você já passou ou esta passando por isso, ok, não vou ser radical, pode ser que você consiga e realmente torço por isso, ainda queria viver isso e conseguir por um longo tempo, além do que consegui, mas não me fale que você não se magoou nem um pouquinho? Me fale que você não sofreu na-da??? Me fala ai, vai? To esperando! Aliás...Como isso termina? No meu caso, não foi da forma que gostaria... Falo por mim.

Sempre fui adepta da liberdade, nunca havia me relacionado por um longo tempo, nunca havia namorado, corria quando era pedida em namoro, não conseguia imaginar "essa coisa brega de vida à dois", compromisso, relacionamento fechado... O quê? Abrir mão de fazer o que quero, quando eu quero, com quem eu quero, por uma pessoa? heim? Nossa, essa idéia passava longe, só não tão longe por minhas primas, irmã e família, mega tradicional, todas (salvo os meninos em suas épocas de puberdade, assim até os 29 anos) , envolvidas em relacionamentos de anos e intensos...

Ai, não, nossa, via tantas repressões, de sentimentos, de vivências, até mesmo de escolhas importantes de vida, trabalho e etc... Não, nunca quis isso pra mim, nunca quis alguém influenciando minha maneira de pensar, minhas decisões, sempre curti a moda independente, mulher bem sucedida e auto-sustentada, viajada, cult e auto-suficiente, em tê-u-dê-ó!

Mas tá vai... Não precisava ser assim, ser só assim, não ao menos tão radical, nem os relacionamentos fechados, não precisam ser, aos meus olhos, tão sufocantes e influenciáveis, nem os abertos, tão maravilhosos, não devem seguir uma cartilha, não possuem sempre as mesmas conseqüências. Pois é, mas só pude ver isso quando realmente e de fato, senti essa coisa que se chama amor, até então não por mim descoberto, embora tenham ocorrido, inúmeras tentativas...rsrsrs


Antes era uma brincadeira, passou a ser um jogo, um desafio, (para a boa ariana que sou), uma conquista, uma disputa, com o tempo, virou paixão, depois de grandes problemas, surras, indas e vindas, distância, repressão e oportunidade - há de fato algo irresistível em uma causa perdida - Stephenie Meyer - Eclipse, (sim, de vez em quando também leio romances teens), tornou-se amor, cheguei ao fim, enfim! aff!

"She is everything i need that i never knew I wanted" - The Fray

Ok... Mas... E a Simone nisso tudo?

Explico agora... Existem correntes que defendem que uma de suas motivações para a defesa deste tipo de relacionamento que teve com Sartre, na verdade, não era apenas porque ela era O Máximo de vanguardista, mas sim porque teve que aceitar esta condição para viver ao lado dele, pois o amava incondicionalmente, era isso ou ter que abrir mão dele. (Procure na Internet, caso tenha curiosidade, trechos de cartas entre Simone e Sartre.) Enfim, eu, que nunca quis um relacionamento, até por força "da minha letra A" (com sua licença, Nando Reis), passei a querer, mas tive que me sujeitar a aceitar um relacionamento aberto, pois não queria me afastar...

"não quero me afastar de você. Eu também não quero".

"I will tray to fix you" - Cold Play

Tsc...Complicado, viu!

No início ia tudo muito bem, obrigada! Éramos duas pessoas apaixonadas, e com amor... Declarado vai, eu, a minha forma, ela, a dela.
Mas com o tempo... Complicado viu... Complicado porque eu não quis viver esses "amores contingentes", apenas o único. Complicado porque "a letra A", começou a sentir "fome da vida". Complicado porque eu acreditei que éramos apenas nós...Embora sem rótulos. Complicado porque com o tempo é difícil você querer estar ao lado daquela pessoa aquela noite, mas ela não, complicado você querer ir para a boate com aquela pessoa, naquela noite e curtir com ela e seus amigos, e ela não, porque quer curtir com "outros" amigos, complicado você ligar para a pessoa e ela te atender diferentemente do normal porque está com outra pessoa, complicado... Complicado você sentir que pode perder para outras, complicado você perceber que se sujeita aos horários dela, complicado você perceber algo diferente no ar, complicado você (eu - que odeio ciúmes e prefiro de fato a confiança recíproca sendo realmente tranqüila quanto a isso), passar a sentir este sentimento incômodo e neurótico, complicado você não poder ser espontânea e dizer bem sinceramente tudo o que sente por medo de transpassar cobranças, complicado você se sentir sozinha num sentimento...Complicado você ser companheira, recebendo um mínimo conveniente disso, em troca, complicado você se adaptar a falar horas num telefone toda a noite e de repente, num belo dia, ele se fazer ausente... "Porquê?". Complicado você estar com a pessoa imaginando sempre que talvez aquele seja o último momento de entrega, o ultimo momento de intimidade, o ultimo momento de aproveitamento, o ultimo momento de desfrute, o último momento juntas... Complicado você sentir que pode ser a última vez que você ouvirá aqueles sons, sentirá aquela pele, sentirá aquela textura. Foi! Pressenti! Percebe? Num sábado, ou domingo de chuva... Meus sábados e domingos, de chuva ou não, não são mais os mesmos.


"Não trate com prioridade, quem te trata como opção."

"Como pode ser gostar de alguém e esse tal alguém, não ser seu?" (Vanessa da Mata)

"Não é fácil" (Adriana Calcanhoto)


Tentei fazer o mesmo, antes que tudo acabasse, para me sentir melhor, para ver se entendia, para ter empatia e não brigar, para me sentir menos pior. Fiz o mesmo, talvez, fazer com que sinta na pele ajude a valorizar mais, a sentir o que sentia, que podia perder. Fiz o mesmo.

Mas não acontecia. Não me atraia por outras pessoas, não da maneira que me deixava completa como "a prioridade" fazia. Fazia o mesmo, mas era vazio, afinal, destas experiências, minha vida toda foi bem cheia. Agora? Quero diferente, quero mais, quero esse mais, quero o que acho que tenho. Liguei e... "ela te atender diferentemente do normal porque está com outra pessoa"...ou outras...rs sei lá.

"Queremos coisas diferentes". "Somos muito diferentes"

De fato! (Não que eu visse problemas com isso, na verdade era mais rico, mas apenas eu, não via!)

Disse que me cansaria um dia. Disse que não queria ver meu cansaço, que portanto, deveríamos terminar antes. O que? Terminar antes, o que estamos no auge para ter mais para depois????? Heim? Você esta brincando comigo? Depois do quê? Depois de você tirar esta fome de mundo, reprimida por um ex-relacionamento de 4 anos, conturbado, de conseqüência: síndrome do pânico. Ao pensar que no início, quem incentivou esta fome de mundo fui eu... (Idiota! Vítima da própria...estratégia de conquista, se assim preferir)


"Um é pouco, dois é bom, três é demais!"

Três vezes foram demais pra mim. Três tentativas, na terceira, já estava sozinha. Os amigos já haviam desistido da causa na primeira, apenas engoliram na segunda, mas na terceira, já não existiam mais. Alguns diriam: “Amigos?” Sim, alguns mais, outros menos, mas não os culpo, até eu não entendia os limites da minha naturalmente limitada paciência. Estão perdoados, (na primeira eles arrasaram, mesmo! rs)

Mas... Sabe o que é pior?

"Eu ainda gosto dela." - (Samuel Rosa)

“But It's over now"

"Vou viajar, lá longe tem, o coração de mais alguém." (Roberta Sá)

Sinto saudades. No início foi mais fácil, achei que seria mais difícil. Agora ao invés de ir passando, vai apertando mais... (Que saco!) Sonhos, lugares, lembranças, cheiros, conversas, risadas, companhia, entrosamento... Tudo faz lembrar e só aperta. Porque não passa logo?
Vai! Vai sabe! Vai embora! Venha alguém? Supere eu?!
Difícil como pensava. Que não fique tão mais. Raiva ajuda. Por isso imagino, mas imaginar me faz sofrer. Esquecer? Nossa, me dá a fórmula? Não é assim do nada, leva tempo, leva um ciclo, que ainda estou no início para enfrentar. Afinal, foram...1 ano e seis meses... Qual a proporção de tempo do depois para que seja superado??????????? Que não seja a mesma, por favor, mereço mais pelo que fui, pelo que sou, pelo que fiz... Porque...fiz tudo! Até o que às vezes me agredia, mas fiz...

“Basta olhar no fundo dos meus olhos, pra ver que já não sou como era antes.”

Disso me orgulho, aliás, para uma mulher que nunca amou ninguém, fazer o que fiz, me deixa "feliz"? Talvez por saber que posso fazer feliz e ser recíproca por quem julgo amar.

Simone viveu desses conflitos, Simony viveu desses conflitos, muitos vivem desses conflitos. Parabéns a ela, parabéns a nós, que agüentamos! Fomos e somos fortes ou fracas? Acho que isso depende de sua análise. Digo que eu fui forte "P@$%¨¨C&&**lho!!!!" Mas isso... Só a gente sabe, só eu sei, neh Simone!?

Ah! Desculpe a comparação, pois embora identifique-me com ela em muitos pontos, em outros, como a dedicação ao seu trabalho, e toda a genialidade, ainda esforço-me em alcançar, pois no momento, estou um pouco interrompida pelas lembranças desta outrora acima...

Quer saber mais sobre estas personalidades da história, Simone, Sartre, Simone & Sartre, acesse:
http://www.simonebeauvoir.kit.net/
Para saber sobre mim (fiquei com inveja), acesse:
Meu orkut!!!!!


"E quando eu estiver triste
simplesmente me abrace
(...)
Quando eu estiver morto
suplico que não me mate
dentro de ti"
Samuel Rosa/ Nando Reis

Obs: Esse texto ainda não passou por reforma ortográfica!!!!!!

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